quarta-feira, 8 de abril de 2020

Rosa das rosas...

  Hoje ouvi a música que você me dedicou. Ainda não entendo o significado dela, mas entendo o significado que ela tinha para nós. Mantenho 3 coisas que me lembram de você a todo instante: uma cigarreira, um colar e uma pulseira, esta última um presente artesanal seu para mim.
  A todo momento tenho vontade de colocar minha aliança novamente, dormir com ela, tentar me tranquilizar. Eu tento te odiar lembrando de uma frase que nossa amiga postou aonde você disse que havia feito sexo em pé com seu novo amor. Está claro que não funciona, certo? Apenas me sobe tristeza, nunca raiva. Talvez seja impossível te odiar depois de tudo que a gente viveu.
  Vivo em impasses entre querer que seu relacionamento seja um fiasco e querer que você seja a pessoa mais feliz do mundo. Os dilemas me perseguem. Jamais estarei pronto o suficiente pra ter certeza do que fazer quando voltar a sua cidade. Me gela o peito e sobem calafrios na espinha de imaginar que posso te encontrar a qualquer momento aí. Afinal, é uma cidade linda porém pequena demais.
  Nossa cicatriz em conjunto já parou de coçar, mas a ferida em meu peito abre e abre, aparentemente, cada vez mais. Minha psicóloga nunca me força a falar de você, pois é imediata a minha reação de desespero e angústia.
  Eu sinto falta, minha rosa das rosas. Eu sinto falta e acho que sentirei falta para sempre de você. Possivelmente falta será tudo o que terei de você até o resto de minha vida que se for curta, usarei da eternidade pra te observar e te proteger como anjo ou renegar ao posto de demônio apenas para te fazer o bem.