segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Fragmentos...

     Hoje eu pensei em você. Pedaços da sua história estão aparecendo na minha história. Me dá vontade de apagar tudo, de ponta a ponta, até não sobrar um rascunho de ti.

    A gente se perdeu e pouco a pouco fragmentos de nós dois foram espalhados pela cidade. Na minha? Não. Provavelmente na sua. Não lembro de um canto que a gente não tenha tocado os lábios aí. Nem mesmo a chuva conseguiu separar, do contrário, ela foi fluído lubrificante para que nossos lábios tivessem menos atrito.

    Lembro da última foto, dá última menção nas redes e da última música dedicada. De alguma maneira você não me permite esquecer desses pequenos fragmentos que formavam nós dois. Hoje eu pediria pra você ficar, hoje é tarde pra história.

    A saudade veio menos forte que eu imaginei, talvez a falta não seja de você e sim dos momentos. Faz sentido. Quer dizer, deve fazer sentido pra alguém. Pra mim mesmo vale um cigarro com café, não exatamente nessa ordem.

    Gravei na pele você, em forma de cicatriz, de queimadura. Hoje querendo ou não convivo com ela, não há forma de tirá-la de mim. Será que de alguma forma isso nos mantém juntos ainda?


(fonte da imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLawWqPkBtPq3E-pENiN64zkZMYSAfc90BueDwymJF1dbwBwQzp0r7e2h2rrB-y5GsbzffbN_KNSNwJS8HX2dQId-DWyM-5KDodF5JBLcdaWXceveDyHHZgugkaRuumACgsR79LAJPQ56k/s1600/SILENT+HILL+4++Buraco+da+Lavanderia.jpg)