quinta-feira, 4 de junho de 2020

Vou te seguir...

  Seja pra onde for, seguirei seus passos. O caminho que você trilha me deixa extremamente orgulhoso. Seus traços estão por todo país, seja como modelo, como fotógrafa, seja como mulher. Você expira vida e eu inspiro você.
  Como é bom pra mim amar você, mesmo que assim de longe. Nos afastamos mas você ainda está aqui, guardada em meu coração. Todos os sorrisos, todas as juras que não foram eternas, todos os olhares e até nossas fotos. Ainda guardo tudo pois te admiro e sei que você será um grande ícone no futuro.
  Temo pelo que você sofre (e como sofre), a dor nos transforma. Contigo sempre foi diferente, a dor te transformou cada vez mais em uma menina serena. A ternura sempre foi parte de ti e eu sempre senti orgulho de você.
  Não temos mais contato. Tudo que tenho de você são suas fotografias, aquele relicário que você me deu com uma foto sua 3x4 recortada toda torta, foto que eu fiz questão de não ajeitar as bordas porque era a tentativa do seu carinho por mim e eu amava isso.
  Eu não costumo sentir falta do passado e desejar que ele voltasse, as coisas que aconteceram boas na minha vida talvez não acontecessem se eu mudasse algo. Mas sinto sua falta, me odeio profundamente de não ter procurado ajuda psicológica antes, quanta coisa seria diferente hoje.
  Mas isso é só um desabafo. Um desabafo que nunca vai chegar a você. Eu perdi as oportunidades que os deuses me deram, e sou obrigado a lidar com as consequências de minhas escolhas pelo resto de minha vida.

(fonte da imagem:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3D3AtDnEC4zak&psig=AOvVaw22U0TC3Xeya9EQt2IA9jh0&ust=1591389240398000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCNiUuYyB6ekCFQAAAAAdAAAAABAD)

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Depois do fim...

  Depois a gente chora.
  Depois vem a depressão.
  Depois vem a chuva e lava tudo.
  Depois você aparece com outro.
  Depois eu sonho contigo. 
  Depois, depois, depois...
  Depois de tudo, você posta que nunca foi feliz como é hoje. Você me ignora, nos ignora. Destrói tudo o que vivemos para viver um novo amor. Você some com as lembranças. Ai meu Deus, como você pode?
  Aquele dia que te dei um quadro marcando a exata posição das estrelas, você disse que foi a maior prova de amor que recebeu. O dia que te visitei em outro estado, você disse que ninguém nunca fez isso por você. A nossa primeira transa, você disse que ninguém tinha sido tão carinhoso e safado antes contigo. A primeira vez que nos vimos, você disse que nunca tinha suado tão frio na vida. Hoje eu te pergunto: houve verdade em suas palavras? Alguma vez você foi sincera comigo?
  Eu lembro a cara que você fazia enquanto eu te lambia, suas mãos me apertavam e suas unhas encravavam em minha pele. Perdi a conta de quanto sangue você tirou de mim naquele dia, mas o quanto eu perco hoje, eu não esqueço, eu conto cada gota.
  Sua boca sempre era doce, uma contradição incrível do salgado que sua pele passava pra mim.
  As lágrimas que hoje escorrem de mim, não são de tristeza como eu sempre pensei que fossem, são de raiva, de ódio. Dispensei a análise pois não desejo te perdoar. Aposto que você nem mesmo deseja isso. Você ama me ver pensando em você, mesmo hoje após tanto tempo. Você adora me ter na sua mão.
  Mas hoje é a última vez, de hoje não passa. Meu carro encontrou um poste da última vez e eu falhei, mas hoje, ah, hoje nós veremos o mar.

(fonte da imagem:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fepocanegocios.globo.com%2FMundo%2Fnoticia%2F2019%2F06%2Fcientistas-descobrem-grande-aquifero-submarino-sob-o-oceano-pacifico.html&psig=AOvVaw229vUQZ5yiPfI8v4j7StC9&ust=1591303493378000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCKCX8tnB5ukCFQAAAAAdAAAAABAD)

domingo, 31 de maio de 2020

És bela, és anjo...

  Quantas serão as vezes que te observarei de longe pensando: és tu mesmo.
  Seus cabelos de aspecto tão negro e que voa leve com o vento forte da paisagem. Olha-los de perto me lembra uma floresta, silenciosa e mortal, cujos animais quietos repousam serenos. Seus olhos fundos e castanhos, lembram tempestades ao por-do-sol. Aquela mistura entre caos e sossego, aquele equilíbrio e paz que eu sinto olhando pra ti.
  Sua boca tão bem desenhada em formato felino. Combina, oh Deus, como combina. Desde a cor natural que encaixa como uma peça faltando até o vermelho perfurante que você utiliza e quebra a atenção de todos, chamando-a para si.
  Seu corpo todo parece ser fruto de um escultor detalhista. Pequenas perfeições entalhadas em carne e ossos. Polida para dar brilho, polida para brilhar. O Sol se esconde diante da criação divina que você emana e a Lua se encanta trazendo sons de lobos e coiotes para te louvar como a rainha que és.
  A parte mais linda de ti é a que você esconde, talvez envergonhada, suas asas de anjo. Aos poucos pode-se perceber a sombra delas em ti, que te cuidam, que te protegem, sombras que procurei em você.
  A paixão me permite observá-la de todas as formas: como obra-prima, obra divina e como mulher, sendo esta última a junção das outras. Uma mulher calipígia. Render-me-ei aos seus encantos, não existe possibilidade de luta. Não te amar é uma guerra perdida, uma guerra que com prazer levantei a bandeira branca.
  Pobre somos nós, seres tão frágeis diante da imensidão do ser que você é, Natasha. 
  Que Deus nos guie aos seus passos e que altares sejam construídos em menção a você, pois eu não aceito te louvar apenas em meu coração.


(fonte imagem: https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fincrivel.club%2Fcriatividade-arte%2F8-escultores-incriveis-que-transformaram-pedra-em-seda-312860%2F&psig=AOvVaw0zgYhQkslyqUhRy4zS4AR-&ust=1591051693880000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCIiE6MyX3-kCFQAAAAAdAAAAABAR)


quarta-feira, 8 de abril de 2020

Rosa das rosas...

  Hoje ouvi a música que você me dedicou. Ainda não entendo o significado dela, mas entendo o significado que ela tinha para nós. Mantenho 3 coisas que me lembram de você a todo instante: uma cigarreira, um colar e uma pulseira, esta última um presente artesanal seu para mim.
  A todo momento tenho vontade de colocar minha aliança novamente, dormir com ela, tentar me tranquilizar. Eu tento te odiar lembrando de uma frase que nossa amiga postou aonde você disse que havia feito sexo em pé com seu novo amor. Está claro que não funciona, certo? Apenas me sobe tristeza, nunca raiva. Talvez seja impossível te odiar depois de tudo que a gente viveu.
  Vivo em impasses entre querer que seu relacionamento seja um fiasco e querer que você seja a pessoa mais feliz do mundo. Os dilemas me perseguem. Jamais estarei pronto o suficiente pra ter certeza do que fazer quando voltar a sua cidade. Me gela o peito e sobem calafrios na espinha de imaginar que posso te encontrar a qualquer momento aí. Afinal, é uma cidade linda porém pequena demais.
  Nossa cicatriz em conjunto já parou de coçar, mas a ferida em meu peito abre e abre, aparentemente, cada vez mais. Minha psicóloga nunca me força a falar de você, pois é imediata a minha reação de desespero e angústia.
  Eu sinto falta, minha rosa das rosas. Eu sinto falta e acho que sentirei falta para sempre de você. Possivelmente falta será tudo o que terei de você até o resto de minha vida que se for curta, usarei da eternidade pra te observar e te proteger como anjo ou renegar ao posto de demônio apenas para te fazer o bem.