terça-feira, 25 de setembro de 2012

Fugindo do meu normal..

  Odeio ver as pessoas sendo enganadas e não poder fazer nada para ajudar. Pior é quando vejo um amigo dessa forma.
  Você está sendo enganada, na maior cara-de-pau, ele diz que só tomou umas brejas. Mas você, melhor do que eu, sabe que é mentira. O pior é ver você com alguém que não te ama, não do jeito que eu amo.
  É foda ver você correndo atrás dele sempre. E quando eu vejo que vocês terminaram, fico feliz, porém é apenas por instantes. Ele bate palma e você volta de novo, e de novo, e de novo.
  Me cansei. Cansei de vê-la sofrendo por ele. Eu vou fazê-la esquecer. Mas para isso, ele teria que morrer, certo? Não foi isso que você disse: "Enquanto ele respirar, eu o amarei."?
  Eu devo estar fora de mim. Já não durmo a dias. Basicamente eu perdi a noção do tempo. Tenho como obsessão a morte dele. Eu tenho vontade de torturá-lo até a morte, mas cada segundo que ele passa vivo, você o ama mais. Farei rápido e depois irei até a casa dela contar o que fiz pra provar o meu amor por ela.
  Eu estudei todos os passos que ele dá diariamente e descobri coisas um pouco bizarras. Parece que ele compra flores para alguém todos os dias. Quem mais ele está enganando?
  É chegada a hora. Ele sempre sai para fumar às 19h. Assim que o vi fumando, me aproximei sorrateiramente pelas suas costas com um bastão de alumínio. Dei uma batida em sua cabeça e ele caiu desacordado. Eu sabia que ele estava fingindo, então peguei e levantei o bastão, dei-lhe uma, duas, três, quatro, cinco... Eu perdi a conta de quantas pancadas eu dei em sua cabeça. O cenário ficou horrível, mas eu estava satisfeito, queria chegar logo na casa dela.
  Tomei um banho em casa. Me aprontei e passei meu perfume. Parti em direção a casa dela. Chegando lá, toquei a campainha. Eu estava eufórico, estampava um sorriso no rosto que poucas vezes havia visto.
  Ela me atendeu, estava linda como sempre. Pedi para conversar e ela abriu o portão. Fomos até a sala de estar dela e foi aí que tive o maior choque da minha vida. Haviam dezenas daquelas mesmas flores que ele comprara mais cedo.
  Dei de ombros e disse que tinha algo magnífico para contar. Porém, assim que contei, ela ficou pálida. Eu não entendi, eu havia feito aquilo para ajudar, porque eu a amava. Mas ela me expulsou aos prantos da casa dela. 
  Uma semana depois, resolvi ir até lá para saber como ela estava. Porém, o que eu ouvi da mãe dela, foi a pior coisa que havia escutado até então: Ela tinha se matado!

  Eu não consigo mais viver sem ela, sem o sorriso dela. Enquanto seguro a minha faca, escrevo isso. Acabei de cortar meu pulso direito, quero sangrar até morrer. Ao longe a ouço chorando. Ah... Você está tão longe agora...

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