quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Indo..

  Posso sentir? Você vai me deixar sentir isso? Você tá se afastando. Ou talvez seja eu que te queira um pouco mais distante. Acho que você mente. Sobre você, sobre nós. Você mente sim, mas o problema é que você mente muito bem, muito bem mesmo. 
  Como eu posso me sentar e relaxar, vendo você falando aquilo pra ele? Eu simplesmente não posso me calar, aliás, eu não deveria, mas vou. Prefiro ficar calado a tomar a iniciativa de falar algo que te magoe, algo que me magoe. 
  Você pode ouvir meu coração batendo? Esse sentimento que não entendo. Que não consigo demonstrar. Que não consigo descrever. Ele está aqui, e ele te quer agora, sem enrolação. 
  Acho que estou me afastando mesmo. E isso ta machucando. Estou com medo de você pensar que não te quero mais, mas eu quero sim viu? Eu te quero muito e muito, a cada dia mais forte, mais intensamente. Eu sei das suas condições e dos seus dramas. Sei do teu passado mas não sei nada do teu corpo. Sei de suas decisões mas ainda não provei do teu beijo.

(fonte: http://castlesofwords21.blogspot.com.br/2012/01/ainda-te-amo-mas-to-indo-embora.html)

  Eu percebo você tentando me puxar pra perto. Me dizendo que estou calado. Que estou diferente. Que estou tudo, menos o que você costuma decifrar. Eu sinto você, não em um ato desesperado de me tirar alguma coisa, mas querendo entender o que acontece. Eu não sei. Eu quero estar perto mas não consigo. Eu quero falar mas as palavras não saem. 
  Eu prefiro esse silêncio ensurdecedor. Eu tenho medo de abrir a boca e sair dela todas as verdades que estou escondendo de você. Tenho medo de abrir meu coração e você apunhalá-lo da forma mais humana possível. Eu tenho medo de esticar meus braços e te segurar bem forte contra o peito. E meu medo sequer tem fundamento, é apenas medo, sem uma simples fração de noção ou de sentido.
  Eu te gosto, mas ainda não posso dizer que te amo. Eu te chamo, mas ainda não posso deitar a cabeça em seus seios e repousar. Eu te desejo, mas não posso te tocar da forma que te levaria pra longe de tudo. Agora são só palavras, jogadas na lareira, pra aquecer essa relação que eu mesmo levei ao frio congelante dos pólos.

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