sábado, 8 de dezembro de 2012

Vamos viver..

  E aconteceu. Foi diferente do que eu imaginava que seria, fluiu melhor com todo aquele clima de "te beijo" que criei. Basicamente, precisei de ar. Não conseguia olhar nela e muito menos me aproximar, e eu que sempre me achei cara-de-pau. Mas com ela era diferente, ela era diferente. Eu sentia que estava em uma corda bamba o tempo todo. Eu vigiava seus movimentos enquanto tentava me sincronizar com eles, para não parecer muito parado.
  Eu tentava me aproximar mas também me afastava, com medo dela. Não medo de sua reação, mas com medo dela mesmo. Eu não me sentia o suficiente ainda, precisa entender mais o porque de eu querer tanto aquilo. E no fim, acabei me aproximando e segurando sua mão, enquanto elogiava seu cabelo e do quão bonito ficara aquelas luzes nele.
  Fiquei bobo, feliz, tímido, e estranho, uma sensação na barriga de que minha noite ainda não estava completa e que eu podia melhorar. Eu sabia como melhorar, só não tinha certeza se devia. A cada troca de olhares entre eu e aquele olho azul, era como se fosse um desafio dela pra mim. Era como se ela estivesse entrando na minha mente e me dizendo "e agora? Vai fazer o quê hein, garoto?".
  Tentei não me reprimir, mas ao mesmo tempo que me chamava com seus olhos, o desafio de ter aquilo me repelia. Era como se eu quisesse mas não pudesse, não fazia sentido e, pra ser sincero, ainda não faz. Até agora ainda acho que vivi em um sonho e que aquela noite foi uma mera miragem de minha mente. Mas foi real, porque eu ainda podia sentir o cheiro dela em minha camisa e mais tarde em minhas mãos também.
  Ainda sinto a mão dela, acariciando os meus cabelos e passava pela minha nuca, enquanto eu podia sentir que estava vivo de verdade. Nossos primeiros beijos não foram em Paris, muito menos em uma montanha daquelas que se pode ver toda uma cidade, e também não teve trilha sonora. Mas posso garantir que criaria todo um repertório apenas para ter aquilo novamente.
  Enquanto ela me beijava, eu a segurava e isso me dava um sensação de que aquilo me pertencia. Era como se fosse um prêmio por ter conquistado tudo aquilo. Eu podia sentir ela em minhas mãos, assim como me entreguei enquanto ela acariciava meus cabelos. Após alguns beijos, eu passava minha barba mal feita em seu pescoço, enquanto segurava sua cintura e a mantinha perto de mim. Beijava e mordia ela, parecia que o tempo tinha parado ali, apenas para nós.
  Parecíamos estar ligados, por um clima, por uma paixão ou até mesmo por uma música. Mas me sentia ligado a ela. Sentia que tinha tido meus sonhos realizados, um a um. Saboreei daquele beijo pelo resto da noite. E garanto que faria tudo de novo. Morreria pra ter aquela sensação de estar vivo novamente, a melhor sensação que eu só pude sentir uma vez, por enquanto..

(Fonte:http://diary-of-me.webnode.pt/products/do-que-os-homens-gostam-na-hora-do-beijo-/)

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